domingo, 6 de setembro de 2009

As Fuinhas em: Quando marIN chorou!

- Me dá essa caixa aqui!
- Fuly a maRIN tá com cara de neurótica nunca a vi assim. Ai credo, dá até medo.
- Harley isso não é normal, essa pata choca, tá chocando essa caixa ridícula há mais de 8 dias. Vai ser agora que tomarei uma providência.

Fuly saiu do quarto, catou o telefone e discou para a analista.
- Consultório de Dra. Freuda Iungui boa tarde!
- Quero falar com a Dra.!
- Quem deseja?
- Larga de ser enxerida e chama logo a Dra.
- Não posso! Primeiro preciso saber do que se trata.
- Fala que é a irmã dela, ligando do sanatório, Loucos Graças a Deus.
- A Dra. é filha única, no entanto não tem irmã.

A secretária desligou na cara de Fuly que ficou com tanta raiva mais com tanta raiva que teve catapora instantânea.
- hahahah...só me faltava essa! Uma louca que cismou ter encontrado vida numa caixa e agora um ser todo brotoejado.
- Cala boca e me dá esse telefone. – resmungou FUly tacando maizena no corpo para amenizar a piniqueira
- Não! Agora sou eu quem vai ligar.

Harley assentou-se no puff rosa e ligou.
- Consultório de Dra. Freuda Iungui boa tarde!
- Boa tarde! Gostaria de marcar uma consulta.
- A senhora tem preferência de dia, hora?
- Sim! Pode ser agora?
- Pode sim! Marco a consulta em nome de quem?
- marIN!

Harley desligou o telefone, foi até a cozinha, abriu a dispensa e pegou um carrinho de supermercado.
- Fuly me ajuda aqui!

FUly estava com tanta coceira que corria rebolando pela casa a fora. Por onde pisava deixava uma pegada de maisena no chão.
- O que é você vai fazer?
- Vamos colocar marIN, aqui dentro!
- Para quê? Pretender vender os ovos dela? – perguntou Fuly caindo na risada
- Não sua estúpida! Vamos levá-la a Dra. Freuda Iungui.
- Nesse carrinho de supermercado?
- Não, na sua cabeça.

Harley e Fuly pegaram o macaco que ficava dentro da Kombi para trocar os pneus e com muito custo colocaram-no debaixo da caixa onde maRIN estava. FUly não podia ajudar muito pois a piniqueira era tanta que seus movimentos não tinham nenhuma harmonia.
- Sai pra lá sua esquisita, deixa que eu levanto. – disse HArley pulando na alavanca para elevar a caixa

Com três pulos sobre a alavanca mariN e caixa estava prontas para serem jogadas no carrinho. Fuly fazia sinal com as mãos como os manobradores de pista em aeroporto mas devido ao seu estado pareciam mais movimentos de hip-hop.

Uma família de bicho-preguiça que tinha acabado de mudar para Floresta dos Troncos-ocos pareciam ter tomado tigelas de açaí pois deixaram a preguiça de lado e foram ajudar Harley.

Depois de levantar, abaixar, levantar ir para direta, voltar para esquerda, marIN e a caixa estavam dentro do carrinho.

Harley num ato de agradecimento para com a família de bicho-preguiça ofereceu chá de camomila para todos.
- FUly será que você consegue andar sem ficar rebolando?
- Claro que não sua idiota! Não esta vendo que esse reboliço é involuntário.

Empurraram o carrinho até a garagem e colocaram-no na Kombi Rosa. Harley assumiu a direção, ligou o som no talo colocando a música Iko-Iko, enquanto FUly ia ao lado imitando sirene de ambulância.
- uauauau....uauauaua....uauauau


Clique no play para ouvir Iko-Iko

A mesma família de bicho-preguiça que apesar de estarem em câmera lenta devido ao chá, iam na frente da Kombi limpando o trânsito. A sirene que FUly fazia suscitou curiosidade em toda Floresta. Cacatuas, periquitos, tatus, ouriços, orangotangos e a famosa família de esquilos que viviam em pé-de-guerra com as Fuinhas, estavam na beira da estrada mandando bananas.

- Eu ainda mato esses esquilos filhos da fula! – xingava FUly mandando as bananas de volta

HArley pisoteava no acelerador com tanta força, que a Kombi danou a soltar uns barulhos estranhos no escapamento, como se estivesse com gases.
- É hoje que eu troco essa Kombi inútil. – reclamou Harley
- Quem é o tolo que vai querer uma jeringonça dessas?
- Cala a boca e continua com sua função!

Harley meteu os dois pés no acelerador. Saiu uma fumaça preta do escapamento e a Kombi entrou com tudo numa curva sinuosa. A coitada da marIN que ainda estava chocando a caixa ia de um lado para outro no banco de trás.

- Mais que droga, a buzina não está funcionando.
- Deixe comigo Harley! Fom...fom...fom....fom...

As pessoas que viam a Kombi passar achavam que era alguma pegadinha, pelo tamanho da idiotice de duas criaturinhas achando que podiam parar o trânsito com aquela palhaçada.

- Que que é meu! Quer encarar? Pode vir que hoje tem! – gritava Fuly pela janela chamando o povo pro braço

Harley brecou duma vez, estacionando de frente ao consultório. Desceu da Kombi e num chute conseguiu abrir a porta de trás.
- Anda logo FUly!

Entraram no consultório com tudo.
- As duas irão consultar? – perguntou a secretária olhando marIN sobre a caixa e FUly com um andar gozado devido a coceira.
- Se pudesse seria ótimo, mas infelizmente marquei horário só para aquela criatura que cismou em ser galinha. – informou HArley apontando para marIN
- Ela cacareja?
- Não sua anta de óculos, é maneira de falar! – explodiu FUly

A secretária assustada, avisou a Dra. que a paciente havia chegado.
- Vocês também vão entrar?
- Não sua tola, vamos ficar aqui olhando para você.

Harley e FUly entraram empurrando marIN no carrinho.
- Por favor sentem-se! – indicou DRA.Freuda Iungui

Fuly e Harley assentaram no sofá enquanto a Dra. com ajuda da enfermeira colocava marIN e a caixa no divã.
- Pelo que vejo sua amiga está com comportamento obsessivo compulsivo. Desde quando começou?
- Desde que recebeu esse caixote, há exatamente oito dias. – informou Harley
- Muito interessante! – respondeu Dra. Freuda examinando os olhos de marIN com uma lanterna
- Será que ela acha que tem filhote nesse caixa aí Dra.? – perguntou FUly mexendo os braços descontroladamente
- Não sei ainda, mas irei descobrir. – respondeu Dra. Freuda colocando a nona sinfonia de Bethoven

Assentou-se de frente a marIN e disse:
- marIN irei começar um processo de hipnose. Quero que preste atenção na contagem regressiva que irei fazer. Chegando ao 0 você estará completamente hipnotizada.
- Dra. como é que ela vai ouvir se ela esta em transe a vários dias?
- Harley o inconsciente dela está ativo e será por ele que entrarei em contato com ela.
- E.T, minha casa, telefone! – disse FUly rindo baixinho
- 10,9,8,7,6,5,4,3,2,1,0...agora você está hipnotizada, quero que me diga o que tem nessa caixa?Consegue ouvir minha voz?
- Sim Dra.! – responderam juntas HArley e FUly
- Meu Deus do céu, o que eu fiz! – exclamou a Dra. virando-se para HArley e Fuly que estavam completamente hipnotizadas

Enquanto Dra. Freuda tentava descobrir o que dera errado em sua hipnose, marIN despertou. Olhou em sua volta e viu FUly e Harley deitadas no chão.

- Você matou minhas amigas! Saquei todo seu plano sua assassina sangue-frio, me enviou essa caixa com um adesivo escrito CUIDADO FRÀGIL, pois tinha certeza que eu cuidaria dessa caixa como cuido da minha vida. Sabia que FUly e HArley não me deixariam sozinha com a caixa e as atraiu até aqui só para matá-las. Mas a senhora não contava com minha astúcia eu estava acordada o tempo todo, só não me mexia nem conversava com medo de estragar a caixa, mas agora eu sei que tudo não passou de um engodo para dar cabo da vida delas. – gritava marIN aos prantos