sábado, 1 de agosto de 2009

As Fuinhas em: Fula que faliu!

- Fula que faliu! É hoje que meto o pé no funil!
- Santa Gramática do Palavriado! O que aconteceu Harley?
- Ainda nada, mas algo grande está para acontecer!

HArley levantou da cama como um tiro e foi até a sala, abrindo as gavetas da estante.

- Cadê o catálogo que estava aqui?
- O gato comeu! – respondeu FUly fazendo graça
- Que gato é esse FUly? – retrucou maRIN não entendendo
- O mesmo que foi para o mato! – retrucou FUly tentando pregar um pôster gigante do Rambo na parede
- Para qual mato? – perguntou maRIN olhando pela janela da casa da árvore a procura do mato
- O mesmo que irei te enterrar, sua estúpida! Pare de fazer perguntas tolas e venha me ajudar a pendurar isso aqui.

HArley tirou todas as gavetas jogando-as no chão. Foi uma barulheira tremenda. A família de tatu bolinha que aprendia sobre a primeira lição de vida, role rolando, rolaram tanto que foram parar láaaaaaa na Casa do Chapéu.

- Mas que droga! Não acho esse maldito catálogo!
- HArley você tentou ver lá no mato onde está o gato da FUly? – respondeu marIN chamando o gato
- Ai ai ai...me segura Santo Estopim do Pavio Curto.
- Xanin...xanin..xanin...gatinho preto, cadê o catálogo? – chamava marIN olhando pela varanda
- É hoje que essa topeira humana morre. – retrucou FUly quase caindo da escada

HArley estava tão louca a procura do catálogo que não ouvia nada que suas amigas diziam. Foi para cozinha e por mais que possa parecer estranho, ela achou o catálogo na geladeira.

- Querem me dizer quem colocou o catálogo na geladeira?
- Será que foi o gatinho? - argüiu marIN

FUly num ato de fúria, desceu da escada, pegou um pano vermelho amarrou na testa, assentou no sofá colocou as botas que comprara num leilão militar no Vietnam, amarrou o cadarço nas argolinhas respirando fundo. Seu olhar para maRIN era pior que o do Michael Douglas no filme Um dia de Fúria.

Marchando foi para cozinha, pegou um facão que havia comprado no leilão saudoso do ator de Crocodilo Dundee, voltou para sala com o olhar fuzilante. Colocou a faca no compartimento da bota. Abriu a lata de graxa e com os dedos passou-a no rosto fazendo duas listras.

- hahahahahhahaha...um Rambo anão! Quem você vai matar? Uma pulga ou um percevejo?
- HArley acho que ela vai matar o gatinho?

A sorte de maRIN foi que FUly não amarrou corretamente os cordões da bota e acabou caindo e metendo a cabeça na testa da estátua de Platão.

Enquanto a rambinha encontrava-se no chão, HArley foi até o banheiro, ligou o secador de cabelos para descongelar o catálogo

- Agora sim!

Folheou o catálogo até letra A.

- HArley a FUly não está respirando!
- Então é porque ela morreu!

maRIN desesperada começou a chorar convulsivamente enquanto Harley catava o telefone em forma de folha de oliveira para discar:

- Alô!
- Quem fala?
- Cristina!
- Quero falar com a Andrea Andrade!
- Quem deseja?
- É a Haaarrrleeeyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyy!
- Harley? O Cometa?
- Pelo jeito liguei no circo! Tem palhaço na linha. Anda logo sua bedelhuda. Chama a escritorzinha de quinta aí.
- Ela está dando uma palestra sobre o novo livro, Essência.
- Fula que faliu! Porque ao invés de fazer palestra sobre esse livrinho esquisito não fala sobre As Fuinhas?
- Isso só ela pode responder.
- Eu sei sua estúpida, me dá o celular dela.

Discou o número do celular da escritorzinha e a secretária eletrônica atendeu.

- No momento não posso atender, deixe seu recado que em breve retornarei.
- Olha aqui sua escritorzinha amadora, tá achando que só porque viu esses lírios-verdes, pode virar as costas para nós. Eu já vi lírios pretos e daí? To aqui não to? É o seguinte ou você arruma um jeito de nos colocar na mídia ou iremos fazer greve. E tem outra, quero que este episódio termine de modo surpreendente deixando o leitor roendo as unhas do pé.

Harley desligou o telefone metendo o pé em tudo, saiu chutando o ar barofando de tanta raiva. Chegou na sala e viu um cena deprimente.

maRIN ressucitava Fuly. Subiu em cima da barriga da amiga tentando fazer respiração boca a boca. Só que a coitada ao invés de tapar o nariz da amiga tapou o próprio.
- Ah! Não senhor. Diga o que eu fiz para ter que presenciar uma cena dessas!

Alguns instantes depois marIN também estava desmaiada. Pois ao tapar o próprio nariz acabou sufocando-se.

O orelhão que tinham dentro de casa em forma de cogumelo tocou fazendo a casa inteira tremer.

- Mansão das Fuinhas, quem fala?
- Aqui é a escritorzinha de quinta. Quero lhe dizer que se continuar agindo dessa maneira a próxima a ficar no chão será você! Agora se fizer o que eu mandar talvez lhe poupe e ainda salve suas amiguinhas. Então o que me diz?
- Não precisa salvá-las não.
- Sabia que iria dizer isso! É o seguinte sua Fuinha atrevida, ou você arruma um jeito de salvar Fuly e Marin ou prometo que este será o último episódio. Você tem 15 minutos...

Se ela vai obedecer isso só saberemos se houver outro episódio.