quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

As Fuinhas em: Fuinha’s Secret, o desfile bizarro

Raios, trovões, relâmpagos, uivos de lobos famintos e morcegos que tiravam razante nas cabeças dos convidados, contribuíam com o cenário medonho na noite do Desfile Bizarro by Fuinhas’s Secret no Labirinto das Hienas.

Estava quase tudo preparado para o início do desfile, só faltava um pequeno e esquisito detalhe, HArley, havia se perdido no Labirinto.

- Quando eu encontrá-la não darei tempo para explicação! Vou puxar tanto o cabelo dela, mas tanto que o Chucky aquele boneco metido a terrorista vai querer usar peruca. – disse Fuly andando de um lado para o outro usando o modelito Caveirinha o Terror das Criancinhas

- Calma Fuly! Vai ver ela está no banheiro. – respondeu marIN vestida para cair

- Que banheiro o quê! Sua peruca ambulante! Se for para dar palpite estúpido é melhor brincar de cabeleireiro de múmia, entre nesse caixão e faça de conta que morreu. – respondeu Fuly correndo atrás da Wandinha vestida de Gnomo que a xingou de caveira bicuda

marIN resolveu usar um figurino egípcio, você leitor(a) deve está achando que é de Cleópatra, mas não é não, era de múmia mesmo e o pior ainda estou para contar, ela fez megahair para ficar um pouco parecida com a Monalisa, só que deu tudo errado, François Cabelin D’pega Rapaz, fez uma escova agressiva. A cabelada virou uma camisa de força, deixando aquele projeto de implante enrolada nos próprios cabelos.

- Fula que faliu! Esquecemos de convidar o cara! – exclamou FUly

- Que cara? – respondeu marIn com dificuldade de falar devido a quantidade de cabelo

- O que canta “Debaixo os caracóis de seus cabelos” – retrucou FUly caindo na risada para não chorar depois de se ver na capa da revista

Tudo aconteceu no dia em que os paparazzi tiraram uma “chapa” dela no restaurante do Epaminondas, fazendo bico. A “famosézima” revista, Caras e Fuças estampou na capa da edição especial do dia das Bruxas a foto de Fuly com a seguinte chamada, “Bicuda é a Mãe!” Fazer o quê? Quando se entra no mundo das celebridades temos que arcar com o terror e com o furor.

As personalidades monstruosas convidadas pelas Fuinhas, já cansadas de tanta demora, assustavam as criancinhas tentando com isso passar o tempo. Frankstein, coitado, desparafusava e parafusava novamente os pinos. Medusa uma das celebridades mais bizarra estava tão nervosa, mas tão nervosa que arrancava as cobras da cabeça e jogava nos convidados.

FUly que não sabia do significado da palavra paciência, arranjou uma escada e subiu nos muros do Labirinto das Hienas a procura de HArley.

- Ai minha santa vovozinha sem dente, o que você está fazendo aí em cima FUly? – perguntou marIN olhando por uma frestinha de sua cabeleira

- Tô tomando a fresca sua peruca piolhenta, que pergunta idiota. – respondeu rispidamente FUly chutando as teias de aranha que via pela frente

- Me espera, vou subiu aí também! – retrucou marIN totalmente amarrada pelos cabelos

- marIN, vai até ali na esquina e veja se tem um careca assassino e não me enche os patavás. Hoje é noite de Lua Cheia e eu me transformo em FUlysomem aúuuuuu– disse FUly uivando e correndo nas muretas

As hienas lá de dentro do Labirinto arregalaram os olhos não acreditando no que estavam presenciando, e caíram na risada.

Enquanto isso em algum lugar no Labirinto, HArley vestida de mamãe um dia vou ser Michaela Jecksan, treinava com 6 minizombies o passo da música Trilher.

- Não agüento mais ficar dando de roda, tô vendo tudo de esgueio. – reclamou HArley andando de “banda”

- Você deve tá com labirintite! - exclamou um dos minizombies

- Labirintite? E desde quando é médico? - respondeu Harley com a bengala no nariz do sujeitinho

- Simples se estamos num labirinto, temos mais propensão a ter labirintite. – retrucou ele com receio de levar uma bengalada

- Anram...deixa eu te mostrar como ter uma simples labirintite - disse Harley sentando a bengala na cabeça dele

HArley que estava vestida para dançar e também para assustar, saiu correndo com seu modelito Michael Jackson numa versão "minhon". Os mini-zombies assustados correram atrás dela.

- Andam logo seus nanicos medonhos, temos um show para apresentar. – gritou HArley zunindo com seus mini-súditos para a entrada do labirinto

Engarranchada num ninho de urubu, FUly esbravejava de tanto ódio.

- Tenho até medo da minha sombra quando eu encontrar HArley.

- Fuly!! A Harley tá chegando aqui na entrada! - berrou marIN

Fuly na mesma velocidade que estava indo, agora estava voltando e com muita fúria. Seus olhos inebriados de ódio lhe deixavam com uma aparência terrível.

HArley e seus dançarinos esquisitos rebolavam de um lado para o outro. Os convidados não entendendo nadinha, entraram na dança também. HArley tentava dançar que nem o Michael, deu uma virada tripla e acabou virando a cara para trás. Era como se ela estivesse andando de ré, mas estando para frente. Cruzes chega a ser difícil de explicar a situação.

marIN e Wandinha davam pezinho para FUly subir no palco indo de encontro a HArley.

- Ei bibelô de monstro, posso saber por onde andou?

- Não é da sua conta e sai daqui que estou fazendo show!

- Como é que é? Repita se tem coragem souvenir de anão!

- Sai dai FUly você esta atrapalhando minha performance. – retrucou HArley puxando a pálpebra de FUly


Os mini dançarinos achando que aquilo fazia parte do show, cercaram FUly e dançavam fazendo caretas medonha em direção a ela.

- Meu pai de santo em pé, eles vão te pegar a Fuly! – gritou marIN lá debaixo

Os convidados gritavam:
- Pega ela!

- Joga ela para Geni!

Wandinha assustada com o que estava acontecendo pediu para marIN dar pezinho para ela e subiu também no palco.

- Vem também marIn!- exclamou Wandinha

- Não tem ninguém para me dar pezinho! – respondeu marIN enfiando todos os dedos no nariz de tanta aflição

Wandinha correu para trás das cortinas, desligou o microfone, ligou o megafone e a música Trilher parou de tocar. HArley metia a mão no microfone achando que fosse problema de mal contato.

- Aô, alô...som...som! – disse HArley fazendo testes

FUly vendo que ali estava uma oportunidade de dar o troco, saiu rasganú para o lado de Wandinha, pegou o megafone e cantou:

Se você pensa que ela canta,
Ela não canta não
A metida quer dá xilique
E isso, não agüento não

A coitada pode tentar tudo na vida
Cantar, dançar e rebolar,
Pode chegar a horrorizar ,
Mas desse jeito ninguém assusta não

Pode faltar humor,
E disso até acho graça
Só quero que se dane
Essa metida a palhaça

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

As Fuinhas em: A pequena BUDA

A Floresta dos Troncos Ocos se tornou a Floresta da Catinga sem Fim. A família de esquilos que comemorava o alvorecer do dia comendo avelãs frescas nos troncos das imensas e seculares sequóias, passaram a fazer a refeição matinal em suas tocas.
Os passarinhos ficaram tão birutas devido ao cheiro horroroso no ar, que passaram a voar de ré. Os tamanduás coitados, devido ao tamanho do focinho, foram obrigados a fazer uma cirurgia plástica de emergência. Cortaram mais da metade do focinho.

O prefeito da Floresta Sr.Antão da Silva Leão, explicou que a catinga, era devido a borra de cana-de-açúcar. O vento as trazia das terras longínquas. Disse também que a prefeitura já estavam tomando as devidas providências para resolver o esse “fedorzinho”.

- Que fedorzinho, o quê? O negócio tá mais para PCF – Pura Catinga Fedida – retrucou FUly com um periquito de varal no nariz

As Fuinhas resolveram tomar frente para dar um fim na catinga fedorenta, fundaram uma Associação EXTC – Exterminadoras de Catingas.

HArley parecia um projeto piloto de astronauta. A nanica desorientada sugava tudo quanto é sujeira que via pela frente, com um equipamento feito pelo seu amigo íntimo Prof. Pardal, que soltava uma meleca verde em tudo. A gosma penetrava nas sujeiras e depois de cinco minutos, pluft não havia mais sujeira e nem o que estava sujo. O negócio destruía tudo.

FUly, comprou um bimotor de uma asa só. Equipou o aviãozinho, se é que aquilo era avião, com todos os perfumes da Chanel. Karl Largfield passou apuro, pois a mais nova odorizadora do meio-ambiente, comprou todo o estoque de parfums da Maison francesa.

Já a coitada da marIN procurava desesperadamente em seus livros de química e física uma maneira de criar o elixir cheiroso. Passava as noites fazendo conta. Já não existia parede limpa em seu quarto. Estavam todas repletas de fórmulas.

Harley ao ver no que havia se transformado o quarto de marIN, entrou segurando seu equipamento suga tudo. Passou a engenhoca nas paredes que em poucos segundos ruíram.

- HArley o que está fazendo?

- Não respondo pergunta estúpida. – retrucou HArley passando o aparelho na cabeça de marIN

- há há há....Olha a carequinha da Mané, será que ela é, será que ela é...- zuou FUly olhando no espelho seu novo figurino SuperChanel Nº5

O modelito cor de rosa super hiper mega choque ardia de longe os olhos devido a potência da tonalidade. marIN a mais nova careca do pedaço e HARley tiveram que colocar óculos para poder ver o traje de FUly.

- Pronto! Agora sim vou mandar a catinga para a gruta do funil. – disse FUly ligando o bimotor

Girou a chave e a geringonça cambeta, soltou uma fumaceira, deixando a floresta dos troncos ocos debaixo de uma nuvem negra.

Os esquilos não acreditavam no que aquelas birutas estavam fazendo. Resolveram apelar para São Francisco de Assis.

HArley e marIN subiram também no bimotor. Ficando assim, FUly a piloto, HArley a co-piloto que tinha nas mãos o sugador de sujeiras e marIN que estava ali só para ocupar o último assento.

Tudo pronto para a decolagem. FUly meteu o pé no acelerador e lá foi o avião esquisito tomando velocidade. A coitada da marIN ainda sofria de membro fantasma:

- FUly vai mais devagar, está dando nó no meu cabelo.

- Que cabelo, careca irritante!

O aviãozinho parecia mais um ensaio de bateria de escola de samba, de tanto barulho que fazia. FUly teve que assentar em cima do mancho para mantê-lo firme.

- vrum...vrum...plact..toing...

E lá se foram elas pelos céus. Uma revoada de urubus que passeava com a família, tiveram que dar ré e voar em outro lugar.

- Papai será o fim do mundo? – disse um urubuzinho

O bimotor passou rasgando o céu de norte a sul, leste oeste. FUly apertou o botão Odorizador e a comporta foi aberta jogando perfume em tudo e todos. Podia se ouvir a tosse e espirro das pessoas lá embaixo devido ao excesso de fragrância.

- FUly tem como voar mais baixo, porque desta distância só sugarei vento.

FUly abaixou o mancho, e a geringonça barulhenta desceu contudo. Quem a via nos céus tinha certeza de que aquele objeto voador identificado estava caindo. E o pior é que estava mesmo.

- Ai minha Santa Peruca sem cabelo! Estamos caindo. – gritou marIN com as mãos na cabeça

FUly decidiu deixar o avião e pular de pára-quedas, só que havia esquecido que pelo preço que tinha comprado não vinha incluso nenhum pára-quedas.

- Atenção senhoras passageiras, não temos pára-quedas por isso não entrem em pânico. Vamos mentalizar um pouso de sucesso.

- Você não terá tempo de mentalizar nada. – retrucou HArley puxando o cabelo de FUly
O aviãozinho a cada minuto que passava perdia mais a altitude. Foi caindo, caindo até que posou sobre um monte de neve.

HArley olhou em volta e viu que estava no meio de uma cadeia montanhosa repleta de neve.

- Santo Horizonte Perdido, estamos na cordilheira do Himalaia. – disse marIN conferindo a localização em sua bússola

Uma caravana que passava por perto do acidente, viu o trio andando de um lado para outro e correram na direção delas entoando cânticos sagrados.

- O que é que esta acontecendo com esses caras? – disse FUly

As pessoas que vestiam túnicas alaranjadas, foram em direção a marIN e ajoelharam na frente dela, fizeram uma espécie de oração e a colocou sobre uma maca.

- Santos Lamas da Ingenuidade, eles acham que ela é a pequena BUDA.